O que acontece com os painéis solares quando perdem a vida útil? Os painéis solares podem ser reciclados? Existe um jeito correto de descartar? Vamos entender isso. Mesmo sabendo que a Energia Solar é uma fonte renovável e ambientalmente correta, existe uma discussão sobre o módulo solar ir para o local correto e não poluir o meio ambiente após o tempo de uso. Uma das grandes vantagens da energia solar é a durabilidade do sistema. Em geral, a vida útil dos painéis solares gira em torno de 25 a 35 anos.
Mas e aí, quando eles perdem a vida útil, o que acontece? As placas solares são classificadas na mesma categoria que o chamado lixo eletrônico, como baterias, computadores, celulares, televisores, etc. E, aqui no Brasil, ainda são poucas as iniciativas efetivas do descarte correto desses materiais, já que parte de suas composições podem ser recicladas, retornando na composição de novos produtos. Segundo dados da empresa britânica GreenMatch, se os métodos de reciclagem não forem implementados, até o ano de 2050 haverá 60 milhões de toneladas de resíduos de placas solares em aterros. a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) estima que essa conta pode atingir 78 milhões de toneladas.
Mas os painéis solares podem ser reciclados? Sim. Primeiramente, vamos entender qual é a composição de um painel solar de silício, que é o modelo mais utilizado: 76% vidro; 10% plástico; 8% alumínio; 5% silício; 1% metais.
O processo de reciclagem de um painel solar de silício pode ser feito da seguinte maneira: desmonta-se o produto para separar as peças, quase todo o vidro pode ser reutilizado. As partes externas de metal podem ser usadas para remodelar quadros de células fotovoltaicas. O restante é tratado a 500°C para facilitar a ligação entre os elementos. Nesse processo, o plástico evapora e é reutilizado como fonte de calor para esse procedimento, deixando as células de silício prontas para serem processadas. Após esse tratamento térmico, o hardware é separado, 80% dele pode ser reutilizado e o restante é refinado. As partículas de silício são removidas com ácido e derretidas para ser utilizadas novamente na fabricação de novos painéis de silício.
Felizmente, já existe interesse na resolução desse problema. A questão é tornar esses processos de reciclagem acessíveis aos governos e populações, extraindo o máximo de benefícios possíveis e uma estrutura adequada.
De acordo com o GreenMatch, estima-se que a reciclagem dos painéis solares vai criar oportunidades de emprego e uma economia em torno de 11 bilhões de dólares até 2050. Tudo isso possibilitaria a produção de 2 bilhões de novos painéis solares, sem a necessidade de investir em novas matérias-primas.
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